sábado, novembro 19, 2011

Relatórios - G1 - Mobilidade Urbana - NYC/Belo Horizonte

1º GRUPO
Mobilidade Urbana - NYC/Belo Horizonte
http://teoriadourbanismog1.wordpress.com


O Tema foi desenvolvido através de uma contextualização feita sobre o assunto e a matéria da disciplina, desta análise, o começo da discussão se mostrou ser o trabalho e a falta de estrutura no transporte público, que faz com que as pessoas busquem ter o próprio carro, aumentando cada vez mais o volume de veículos nas ruas. O carro se transforma em uma “bolha”, na qual cada um tem a sua e fica ali, por horas, sem contato com o “mundo exterior”, até chegar ao seu destino. 
Foram feitas análises comparativas entre Belo Horizonte e Nova York, analisando os aspectos históricos, de tráfego, a estrutura do sistema de metrô, ciclovias e do transporte público viário.
Exemplos de alternativas eficazes para solucionar o problema do trânsito foram citados na apresentação, a Cidade do México investiu pesadamente no transporte público e conseguiu solucionar o problema da mobilidade urbana. Londres diminuiu o volume de carros em suas ruas cobrando pedágios urbanos, o que fez com que as pessoas só usassem seus carros quando houvesse real necessidade. Paris também entrou na lista, com um projeto da criação de linhas de transporte rápido, a bicicleta. Copenhague também incentivou o uso de bicicletas autorizando o transporte das mesmas dentro dos metrôs.

Uma das situações que mais me despertou o interesse foi a questão do Sistema de BRT (BUS Rapid Transit) que está sendo implantado em Belo Horizonte. Tive a oportunidade de trabalhar no projeto de duplicação da Av. Dom Pedro I e vivi todo o processo que está acontecendo em nossa cidade. O BRT se trata de obras de melhoramento da infra estrutura da cidade, é um sistema com características similares ao metrô, porem é mais economicamente viável, O BRT é a junção da qualidade dos transportes dos trilhos com a flexibilidade dos ônibus.
Com obras já em andamento, o BRT será implantado primeiramente nas principais vias de acesso de Belo Horizonte, a Av. Antônio Carlos,  Av. Pedro I e Av. Cristiano Machado. A cidade terá sua frota de ônibus renovada, com veículos modernos e de maior capacidade (capacidade de passageiros 3 vezes maior). Circulando em vias exclusivas, as interferências com o tráfego geral serão minimizadas, o que permitira um trajeto mais rápido e mais seguro. Além disso, a cidade também terá novos abrigos e estações de embarque e desembarque e de integração mais modernas, contando com piso nivelado facilitando o acesso, sistemas de controle informatizados que permitem o acompanhamento da operação em tempo real, e sistema de informação ao usuário permitindo saber quanto tempo o ônibus irá demorar para chegar à estação, a cobrança da tarifa será feita nas estações de transferência o que  também agilizada o tempo de embarque/desembarque. Os ônibus serão articulados e permitirão maior acessibilidade ao usuário e integração com os outros sistemas de transporte público da cidade.




Outra questão interessante que foi discutida, foi a solução que  Londres adotou para diminuir a frota de carro na cidade. Criando o pedágio urbano, consiste em uma taxa de 8 libras que deve ser paga pelo dono de um veículo que entra, sai ou se desloca na zona delimitada nos horários de maior movimento.  A medida de fato diminui os congestionamentos em 40%, mas será que é uma solução realmente eficiente e justa? Quem tem mais dinheiro continuará usando seus carros, mas os menos favorecidos serão “obrigados a optar” pelo transporte público.


É uma longa questão a se discutir, são vários fatores, muitos contras muitos a favor também. De fato o volume de tráfego diminuiu nessas áreas, mas como ficam as empresas que estão localizadas nas regiões do pedágio? Com certeza essas foram prejudicadas. Outra questão a ser discutida é a infra estrutura do transporte público, (não é o caso de Londres, que tem um bom transporte público) o governo só pode obrigar as pessoas a usarem o transporte público se ele oferecer uma boa solução. Com uma breve análise da solução adotada por lá, já podemos descartar essa opção para ser usada no Brasil.


Daniela Grassi

0 comentários:

Postar um comentário